X frágil: surge uma esperança

Até agora, não havia tratamento eficiente para as complicações associadas à segunda mais frequente doença genética de atraso mental herdado. Mas pesquisadores acabam de anunciar uma possibilidade concreta de terapia gênica para essa síndrome.

No dia 22 de julho, para assinalar o Dia da Consciencialização do X Frágil, edifícios, pontes, monumentos e bairros de todo o mundo são iluminados com a cor azul-petróleo

CRÉDITO: FOTO DIVULGAÇÃO FRAXA RESEARCH FOUNDATION

Em 22 de julho, celebra-se o ‘Dia mundial de conscientização da síndrome do X frágil’ (worldfragilexday.com), a mais frequente doença genética de atraso mental herdado, depois da síndrome de Down. Em mais de 99% dos casos, a causa da enfermidade é uma expansão anormal da sequência de repetições do trinucleotídeo CGG na região promotora do gene FMR1 (Fragile X Messenger Ribonucleoprotein 1), localizado no cromossomo sexual X.

A repetição dos trinucleotídeos faz com que o gene FMR1 não produza a proteína FMRP adequadamente. Como essa proteína está relacionada com a comunicação entre os neurônios,  a sua deficiência interfere com as funções normais do cérebro.

Essa doença dominante, ligada ao X, em geral é transmitida por mães sadias, portadoras de expansão bem acima da faixa normal (até 45 repetições), mas ainda dentro da denominada faixa de ‘pré-mutação’. Só quando as repetições CGG superam 200 é que ocorre a metilação e o silenciamento ou a transcrição aberrante do gene, causando a síndrome do X frágil (FraX).