Os questionamentos sobre os impactos do ser humano na região amazônica têm tomado proporções cada vez maiores, e o debate sobre o tema tem saído, com mais frequência, da escala nacional para a global. Além de sua enorme relevância climática, a floresta amazônica tem enorme protagonismo mundial por sua ampla biodiversidade. Tais motivos evidenciam a importância social, econômica e ambiental da região para o Brasil e para o mundo, razão pela qual o avanço desenfreado do desflorestamento, nas últimas décadas, tem sido repetidamente manchete nos noticiários internacionais.
Historicamente, o desmatamento aumentou com a exploração dos europeus, que viam na região um lugar útil e economicamente rentável, traçando um caminho de perdas e danos para a floresta. Assim, é importante dizer que a ocupação da Amazônia brasileira por humanos não é recente. Existem registros arqueológicos de atividades de diversas sociedades, datados de pelo menos 11 mil anos atrás – grupos originários viviam da caça e da pesca ou até da coleta de frutas e sementes. Entretanto, foi nos últimos 33 anos que a floresta amazônica registrou as mudanças mais intensas e bruscas de toda a sua história.
Beatriz Ambrosio
Clara Paolino
Danylo Magalhães
Laboratório Espaço de Sensoriamento Remoto e Estudos Ambientais,
Universidade Federal do Rio de Janeiro