A escola nos ensina que há três dimensões espaciais – altura, largura e comprimento – e que o passar do tempo nada tem a ver com essas três grandezas. Mas isso é só parte da verdade. O espaço está irremediavelmente associado ao tempo, em um mundo quadridimensional. E teorias indicam que pode haver muito mais dimensões.
A relatividade geral – teoria da gravitação apresentada ao mundo há cerca de 100 anos por Albert Einstein – tem tido protagonismo surpreendente – e merecido – nos temas contemplados pelo Nobel de Física. Este ano, o prêmio foi para buracos negros.
Dia, noite, fases da Lua... Podemos perceber uma parte da dança que os astros fazem no céu. Mas muito dessa coreografia – aparentemente imutável – nos escapa aos olhos. Entra em cena então a física, cuja precisão levou à descoberta não só de novos planetas, mas também de fenômenos cósmicos.
Em 1905, um jovem físico desconhecido alterou para sempre o que entendemos como espaço e tempo. E foi além: propôs que a luz ‒ tida até então como uma onda ‒ era também formada por partículas. Os desdobramentos desses feitos foram imensos para a física.