Geógrafa especializada em sensoriamento remoto, Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo participou de projetos desbravadores no monitoramento da Amazônia, colaborou com a Nasa e formou gerações de pesquisadores, não sem enfrentar obstáculos por ser mulher.
Geógrafa especializada em sensoriamento remoto, Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo participou de projetos desbravadores no monitoramento da Amazônia, colaborou com a Nasa e formou gerações de pesquisadores, não sem enfrentar obstáculos por ser mulher.
O ano era 1973, e eu estava prestes a me formar em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, atual Universidade do Estado de São Paulo (Unesp). Meu objetivo era fazer mestrado na Universidade de São Paulo (USP), na linha de pesquisa da minha iniciação científica, mas, como não havia garantia de bolsa de estudo, busquei alternativas. Acabei por me inscrever no Programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto (PGSER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). E essa mudança de planos foi decisiva para a carreira que construí.
O PGSER, recém-criado, tinha o propósito de formar recursos humanos aptos a compreender e aplicar a tecnologia de sensoriamento remoto para o aproveitamento dos recursos naturais do Brasil. No programa, estava sendo desenvolvido o projeto SeRe (Sensoriamento Remoto), uma colaboração entre o Inpe e a Agência Espacial Americana (Nasa). A Nasa queria mapear e entender o processo de formação da estrutura geológica da Lua a partir de feições semelhantes identificadas na superfície terrestre por sensores aerotransportados e a bordo de satélites.
O interesse em pesquisa mineral e análogos lunares era tão grande que a Nasa incluiu o sensor Multispectral Scanner System (MSS) no satélite Earth Resources Technological (ERTS-1), que seria lançado em 1972. Como parte do acordo Nasa/Inpe, o Brasil se tornou um dos três primeiros países do mundo com capacidade para receber, processar e desenvolver aplicações de imagens MSS do ERTS-1.
Diante desse contexto, depois que passei na primeira fase da seleção de mestrado, não havia como perder a oportunidade de trabalhar num campo inovador, ter uma bolsa do CNPq por pelo menos três anos para cursar o PGSER, ou ser treinada para trabalhar no projeto SeRe. Caso me saísse bem, poderia entrar para o quadro de pesquisadores permanentes da instituição. E foi isso o que aconteceu.
Em janeiro de 2022, completei 48 anos no Inpe, onde pude conviver com pesquisadores de diferentes formações e estar num lugar onde, sempre que eu estivesse interessada em aprender, haveria alguém interessado em me ensinar.
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