CIÊNCIA HOJE: É seu costume fazer um paralelo entre a popularização do rádio e da internet para explicar o atual “capitalismo de vigilância”. Pode falar sobre isso?
MARCOS DANTAS: Nas duas primeiras décadas do século 20, o rádio – primeiro meio eletroeletrônico de comunicação de massas – era acessível a qualquer pessoa e podia ser usado para falar e ouvir ao mesmo tempo. Milhões de pessoas entregavam-se a essas atividades amadoras de emitir e receber mensagens de voz sobre variados assuntos. Essa experimentação social atraiu o interesse do chamado “mercado” e dos Estados nacionais. Assim, na segunda metade da década 1920, EUA, Reino Unido, Japão e demais países adotaram regulações que moldaram a radiodifusão como a conhecemos hoje. O acesso ao espectro de frequências passou a ser condicionado a outorgas do Estado. E nos equipamentos vendidos ao público em geral, os aparelhos de rádio como conhecemos, somente era possível escutar, não mais falar. A radiodifusão tornou-se um sistema ponto-multiponto ou ponto-massa. Nos EUA, esse sistema foi entregue à exploração comercial e formaram-se redes oligopolísticas de radiodifusão: NBC, ABC e CBS. Na Europa, no Japão e na nascente URSS, os sistemas foram monopolizados pelos Estados nacionais.
Valquíria Daher
Jornalista
Instituto Ciência Hoje/RJ
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Pesquisador da Fiocruz e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Julio Croda diz que, para combater as epidemias recorrentes no país, é preciso adotar rapidamente as novas tecnologias de controle do Aedes aegypti e explica a importância do início da vacinação no SUS
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Um dos principais nomes da IA generativa, o cientista da computação Hao Li vislumbra um futuro em que a tecnologia será capaz de criar humanos digitais, reconstituir o passado e construir metrópoles em tempo real. Mas ele reconhece dilemas éticos: ‘O importante é as pessoas saberem o que é possível’
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Para Daniel Cara, professor e pesquisador da USP, reforma é descontextualizada do universo escolar e das realidades das redes públicas, busca ‘desprofissionalizar’ docentes, impõe uma educação desprovida de ciência e não proporciona o direito de escolha aos estudantes, alardeado pelos defensores do NEM
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