Sim. Ainda estamos em meio a uma pandemia, por isso há diferentes aspectos a serem considerados. O primeiro deles é que não se sabe ainda qual a disponibilidade de vacinas para a população. Enquanto não houver vacina para todos, não se pode negligenciar a proteção individual sob o risco de se infectar aqueles que ainda não estejam vacinados. Isso nos leva ao segundo aspecto: é importante destacar que, mesmo estando vacinadas, algumas pessoas podem se infectar e – com sintomas brandos ou nenhum sintoma – transmitir a doença, logo o uso de máscaras deve permanecer obrigatório mesmo para os vacinados. Por último, infelizmente, não podemos nos esquecer das novas variantes do SARS-Cov-2. Se as vacinas protegerem contra elas, estaremos no melhor cenário. Caso as vacinas não sejam eficientes para as novas variantes, será necessário desenvolver novos imunizantes e, desta forma, também usaremos máscaras para nos proteger de novas variantes.
Entendendo que o grande questionamento é “quando poderemos deixar de usar máscara?”, a resposta é objetiva: somente quando a pandemia estiver sob controle. Isso pressupõe que a vacinação tenha sido realizada em massa, garantindo proteção para as pessoas e, após a proteção, tenha reduzido o risco de contágio e, consequentemente, o número de casos e o número de internações. Este será o momento de termos as medidas restritivas reduzidas. Até lá, use máscara, mantenha o distanciamento e lave bem as mãos.
Esta é uma questão muito importante e para a qual a resposta depende de experimentação in vitro (em culturas de laboratório) e in vivo (em animais). Existem mutações que podem não alterar o efeito da vacina, mas algumas podem. Tudo depende da parte do vírus em que as mutações ocorrem e do número de vezes em que se dão. Para colocar em termos mais didáticos, a proteína Spike do SARS-Cov-2 é a que se acopla às células humanas, mais especificamente ao receptor ACE2, iniciando a infecção. O ponto de ligação da proteína à célula é chamado RDB e é o alvo das vacinas para combater a infecção. Mutações neste domínio RBD poderiam dificultar a ação dos anticorpos neutralizantes, favorecendo a entrada do vírus no organismo.
A única maneira de comprovar se a mutação do RDB torna uma vacina ineficaz é através de experimentação. Primeiro, in vitro, confrontando-se o soro sanguíneo de animais imunizados e verificando se ele mantém a capacidade de neutralizar as novas variantes. Em caso afirmativo, esses efeitos necessitam ser confirmados in vivo, imunizando os animais e inoculando as novas variantes do vírus. Estudos de imunização e desafio em experimentação animal irão confirmar a capacidade das vacinas em proteger contra estas variantes.
Estudos dessa natureza já estão sendo conduzidos pelas diferentes farmacêuticas para avaliar o efeito de suas vacinas contra as novas variantes. Além disso, pode ser empregado o soro sanguíneo dos participantes dos estudos clínicos para verificar se os anticorpos produzidos pela vacinação em humanos apresentam capacidade de neutralizar as novas variantes. Seja como for, após a campanha de vacinação com as vacinas disponíveis, no estudo de fase 4, que acompanha de forma continuada as vacinas, será possível avaliar o impacto da vacinação no número de casos. Se as vacinas disponíveis não tiverem capacidade de controlar as novas variantes, um dos cenários será uma possível observação do aumento de casos oriundos dessas variantes.
O que temos até o momento são especulações sobre as variantes do SARS-CoV-2. Para se ter segurança em afirmar que as mutações do vírus tornam ou não uma vacina ineficaz, é necessário aguardar os resultados dos estudos científicos.
Herbert Guedes
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto Oswaldo Cruz
Fiocruz
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