A divulgação científica que faz sucesso no YouTube ganha forma de livro
Do átomo ao buraco negro – para descomplicar a astronomia está na sua terceira edição. Seu autor é o criador do Canal do Schwarza (ex-Poligonautas), canal de divulgação científica que faz sucesso no YouTube. Embora Schwarza não tenha formação em física/astronomia, o livro chama a atenção pelo cuidado com a precisão das informações, que contam com a revisão técnica de um profissional da área.
O autor – que, como muitos de sua geração, admite-se admirador do astrônomo americano Carl Sagan (1934-1996), considerado um dos maiores divulgadores de ciência de todos os tempos – conduz os leitores a um passeio pelo cosmos e os coloca diante de conceitos fundamentais da astronomia, que vão do átomo (micromundo) a aglomerados de galáxias (macromundo).
Usando de habilidades referentes à sua trajetória profissional em arte e colorização digital para histórias em quadrinhos, Schwarza apresenta, em 65 seções, imagens astronômicas representativas e informações curtas (em pouco mais de uma página, em média) sobre os objetos selecionados. Além disso, ao final do livro, disponibiliza uma lista de referências bibliográficas, muitas delas de fácil localização na Internet, e um catálogo de belas imagens coloridas de alguns dos conceitos apresentados ao longo do texto.
De leitura fácil, a obra é agradável e não se apega à matemática, segue um modo moderno e contemporâneo de fazer e divulgar ciência, principalmente quando se trata de física e astronomia. Por serem muito sucintas – o que não o complica, mas também não o descomplica –, deixando de lado as complexas teias históricas, culturais, tecnológicas e sociais da astronomia, muitas das informações apresentadas no texto carecem de mais contextualização e suporte bibliográfico, os quais poderiam ajudar os leitores não apenas a melhor entender o impacto dos acontecimentos científicos narrados, como também a ampliar os horizontes de pensamento e reflexão crítica.
Dada a variedade temática, sobretudo na era dos grandes levantamentos de dados astronômicos que acompanhamos com entusiasmo no século 21, penso que muitos objetos poderiam ter ficado de fora e outros tantos poderiam ter sido incorporados ao texto. Entendo, porém, que não é tarefa fácil selecionar 65 objetos astrofísicos para apresentar ao grande público e que essa escolha é sempre subjetiva. Mas teria o texto se aproximado um pouco mais dos seus leitores se as intervenções descontraídas e alguns fatos históricos e culturais da ciência apresentada tivessem sido ‘abrasileirados’?
Em tempos de Wikipédia, cursos e revistas on-line e gratuitos, blogs, YouTube e tantas outras possibilidades de acesso à informação científica de qualidade disponíveis na Internet, é reconfortante constatar que o livro ainda tem charme e encanto. Desta forma, deve-se reconhecer que Do átomo ao buraco negro cumpre bem o papel de comunicar e divulgar a astronomia para o grande público em linguagem acessível e estética atraente, que nos faz sentir, perceber e imaginar mundos longínquos. Finalizamos a leitura refazendo as grandes perguntas filosóficas que nos perseguem há milênios: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Por que estamos aqui?
Alan Alves Brito
Instituto de Física
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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