Marcas de insetos em folhas fossilizadas na Antártica

Museu Nacional/ UFRJ
Academia Brasileira de Ciências

Pesquisadores apresentaram o registro mais antigo da interação entre insetos e plantas preservado em folhas de angiospermas fósseis encontradas na Ilha Nelson, na parte ocidental da Antártica, evidenciando um clima mais ameno na região há 75 milhões de anos

Folhas fossilizadas de plantas do gênero Nothofagus exibindo danos causados por inse tos – nesse caso, pequenos sulcos (conhecidos como minas) na superfície das folhas, formados pela alimentação de insetos herbívoros

CRÉDITO: EDILSON B. DOS SANTOS FILHO

O continente antártico se caracteriza, nos dias de hoje, pela baixa temperatura e pelo clima seco, o que leva a região a ser considerada um deserto gelado. Essa comparação fica ainda mais evidente quando levamos em conta que a cobertura vegetal naquela parte do planeta é formada predominantemente por musgos, além de fungos e líquens. Nada de arbustos ou árvores! Ou de insetos, tão comuns nos locais onde vivemos.

Porém, no passado geológico da Terra, o clima desse continente era, em muitos períodos, bem mais ameno, hospedando uma fauna e flora distinta da atual. Apesar das dificuldades de acesso e das condições inóspitas, paleontólogos têm procurado desenvolver projetos em diversos pontos da Antártica, com o objetivo de coletar fósseis para entender um pouco mais da sua biodiversidade no passado, ainda pouco conhecida.

Um desses projetos é o Paleoantar, que, entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, levou um grupo de pesquisadores para acampar na Ilha Nelson, na parte ocidental da Antártica, por cerca de 50 dias, o que resultou na coleta de mais de uma tonelada de fósseis. Entre os exemplares encontrados, destacam-se centenas de folhas, algumas exibindo marcas bastante interessantes que não haviam sido registradas antes. Esse material foi estudado por Edilson B. dos Santos Filho, da Universidade Federal de Pernambuco, e colaboradores e foi publicado com destaque pelos , revelando uma interação entre insetos e plantas desconhecida até então naquele continente.

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.

Seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outros conteúdos desta edição

725_480 att-89120
725_480 att-89452
725_480 att-89264
725_480 att-89383
725_480 att-89442
725_480 att-89408
725_480 att-89345
725_480 att-89258
725_480 att-89158
725_480 att-89156
725_480 att-89147
725_480 att-89132
725_480 att-89213
725_480 att-89314
725_480 att-89299

Outros conteúdos nesta categoria

725_480 att-90288
725_480 att-88738
614_256 att-88317
725_480 att-87796
725_480 att-87282
725_480 att-86749
725_480 att-85970
725_480 att-85425
725_480 att-85058
725_480 att-84571
725_480 att-84383
725_480 att-84048
725_480 att-83447
725_480 att-83275
725_480 att-82786