A quase deserta praia da Reserva, no Rio de Janeiro, conquista os turistas com sua beleza natural. Sentado à beira-mar, em visita à cidade para participar do Congresso Internacional de Matemáticos, o japonês Tadashi Tokieda vê mais do que uma paisagem deslumbrante: “Este céu azul surgindo por trás das nuvens, a areia que você pode pegar e sentir escorrer por entre seus dedos, as folhas das árvores balançando com o vento. Você pode olhar para qualquer lugar e terá zilhões e zilhões de padrões científicos e leis sendo demonstradas”. É esta ciência, presente no cotidiano de todos nós, que o matemático, professor na Universidade de Stanford, gosta de compartilhar com o público em palestras e vídeos no canal Numberphile, com milhões de visualizações. Em suas demonstrações, ele usa objetos que vão de xícara a barbante, os quais chama de “brinquedos”. Filólogo, especializado em línguas antigas, sua atenção se voltou à matemática de maneira curiosa: esbarrou na biografia do matemático russo Lev Landau na biblioteca. “Depois de um mês e meio em coma, ele acordou e, ao ver o filho, Igor, um estudante de física, perguntou se ele conseguia resolver uma determinada equação. O jovem não conseguiu, e Landau disse que qualquer adulto bem-educado tinha obrigação de resolver aquela equação. Eu, como um adulto bem-educado, decidi que precisava fazer aquilo”. Naquele inverno em Tóquio, Tokieda passou dias e noites estudando matemática em livros didáticos russos, mesmo sem conhecer o idioma. “Era um aprendizado ao quadrado. Ao fim, estava interessado o suficiente para experimentar a vida de um matemático”.
Marco Moriconi
Instituto de Física, Universidade Federal Fluminense
Valquíria Daher
Jornalista / Instituto Ciência Hoje
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.
Assim como fez com o petróleo – aprendendo a extraí-lo e transformá-lo em riqueza, com muita pesquisa e inovação –, o Brasil precisa fazer o mesmo com a energia solar, que, em breve, será uma das fontes de energia mais importantes do planeta.
Relatório da Academia Brasileira de Ciências (ABC) dimensiona gravidade de fenômeno acentuado na pandemia e defende liderança de pesquisadores, em conjunto com educação científica e midiática, como armas cruciais de prevenção e combate.
Discussão sobre transferência dos terrenos de marinha a estados, municípios e particulares acende alerta entre ambientalistas, que apontam ameaça à preservação de ecossistemas cruciais para um mundo em emergência climática
Para psicóloga integrante da Câmara de Políticas Raciais e da Comissão de Heteroidentificação da UFRJ, Luciene Lacerda, episódios que colocaram em xeque a atuação das bancas fortalecem a certeza do quanto as políticas afirmativas para a população negra são necessárias
Pesquisador da Fiocruz e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Julio Croda diz que, para combater as epidemias recorrentes no país, é preciso adotar rapidamente as novas tecnologias de controle do Aedes aegypti e explica a importância do início da vacinação no SUS
Para o historiador Carlos Fico, da UFRJ, o golpe de 1964, ocorrido há 60 anos, deve ser mais estudado, assim como a colaboração de civis com a ditadura e o eterno fantasma da interferência das Forças Armadas na democracia, que voltou a assombrar o país nos atos de 8/1
Diretora da Anistia Internacional Brasil (AIB), Jurema Werneck destaca que preservar as vidas e a dignidade de todas as pessoas ainda é um grande desafio, apesar dos avanços obtidos com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948
Um dos principais nomes da IA generativa, o cientista da computação Hao Li vislumbra um futuro em que a tecnologia será capaz de criar humanos digitais, reconstituir o passado e construir metrópoles em tempo real. Mas ele reconhece dilemas éticos: ‘O importante é as pessoas saberem o que é possível’
O pediatra infectologista Renato Kfouri destaca política vacinal brasileira como referência em saúde pública, mas alerta que, para seguir avançando, é preciso melhorar a comunicação com o público, a logística de postos de saúde e a capacitação de profissionais
Para Daniel Cara, professor e pesquisador da USP, reforma é descontextualizada do universo escolar e das realidades das redes públicas, busca ‘desprofissionalizar’ docentes, impõe uma educação desprovida de ciência e não proporciona o direito de escolha aos estudantes, alardeado pelos defensores do NEM
Cofundador da recém-lançada Pride in Microbiology Network, Bruno Francesco Rodrigues de Oliveira afirma que a comunidade é negligenciada nas áreas de exatas e ciências da natureza e espera que a nova rede ofereça apoio para essas pessoas enfrentarem os desafios cotidianos na academia
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |